“Paciente – modelo” é um paciente como qualquer outro. O que isso quer dizer?
- Postado por Camila Ungaratti
- em junho 21, 2022
A alta na procura por procedimentos estéticos fez com que o mercado de cursos na área também crescesse. Por isso, não é difícil de se encontrar anúncio buscando pacientes que serão utilizados como modelos para o aprendizado de determinado procedimento, como harmonização facial, preenchimento labial. Isso se tornou comum, especialmente, na odontologia.
Sem entrar em detalhes, neste momento, sobre a possibilidade ou não de se utilizar dessa ferramenta, há que se considerar que o paciente-modelo não pode ter menor atenção do que qualquer outro paciente que ingresse no consultório.
É de se dizer, ainda que esteja apenas pagando pelo produto, o paciente-modelo deve estar devidamente identificado dentro dos seus sistemas, deve ser cientificado quanto ao procedimento e aos riscos, benefícios e contraindicações a ele inerentes, bem como quanto ao número de sessões a serem realizadas. Deve ele ainda expressamente consentir que o procedimento seja realizado por aluno em processo de aprendizagem devidamente assistido. Do mesmo modo, deve o paciente ainda ser devidamente cientificado de suas obrigações pré e pós-procedimento.
Por óbvio que os cuidados não se esgotam nas indicações acima. E, por isso, é de suma importância que os profissionais sejam devidamente orientados por advogado especializado, que auxiliará também na produção de um contrato de tratamento e de documentos que atestem o consentimento, de modo a minimizar os riscos jurídicos.
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